Líderes mundiais reagem à chegada do Talibã ao poder no Afeganistão
MUNDO
Publicado em 08/09/2021

Macron e ONU temem terrorismo e Merkel fala em situação 'amarga, dramática e aterrorizante', mas ressalta que é importante garantir ajuda humanitária para evitar nova crise de refugiados. Reino Unido admite que não conseguirá retirar todos os cidadãos afegãos aliados do país.

Líderes mundiais se manifestaram nesta segunda-feira (16) sobre a chegada do Talibã ao poder no Afeganistão, um dia depois de o grupo extremista tomar a capital, Cabul, e de o presidente Ashraf Ghani deixar o país.

 

A preocupação com a retomada do terrorismo foi mencionada pelo presidente da FrançaEmmanuel Macron, e também pelo Conselho de Segurança da ONU, que se reuniu de forma emergencial.

"A comunidade internacional deve se unir para garantir que o Afeganistão nunca mais seja usado como plataforma ou refúgio de organizações terroristas", disse o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres.

Os 15 membros do Conselho emitiram uma declaração na qual pedem o fim imediato da violência e "uma solução pacífica por meio de um processo de reconciliação nacional liderado e pertencente aos afegãos" e com um novo governo "que seja unido, inclusivo e representativo, incluindo a participação plena, igual e significativa das mulheres".

 

Dever da França

 

Segundo o presidente francês, grupos terroristas existentes naquele país tentarão se aproveitar da instabilidade deste momento.

Macron negou, porém, a possibilidade de intervenção, mesmo dizendo que fará de tudo para que a “Rússia, os Estados Unidos e a Europa cooperem de maneira eficaz” na luta contra o terrorismo. Segundo ele, o Afeganistão “tem seu destino em suas mãos”.

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