Líderes mundiais condenaram hoje os atentados do Estado Islâmico em Cabul, no Afeganistão, e lamentaram as mortes de militares e civis decorrentes dos ataques. Desde a retirada das tropas norte-americanas e a tomada de poder pelo Talibã, o país vive uma intensa instabilidade e já teve centenas de mortes.
O secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), António Guterres, fez um breve pronunciamento no qual expressou suas condolências: "Eu gostaria de expressar da forma mais forte possível minha total condenação sobre o horrível ataque terrorista em Cabul", disse.
Guterres também se dirigiu às famílias e disse que pedirá que sua manifestação seja transmitida por seu representante especial: "Para enviar minhas condolências às famílias de todos os que morreram, afegãos e aqueles que estavam ajudando os afegãos lá e morreram servindo à vida de outros. Também pedi ao meu representante especial para transmitir diretamente a Cabul minhas profundas condolências ao povo afegão."
O primeiro-ministro de Israel, Naftali Bennett, por sua vez, direcionou seu lamento exclusivamente aos militares dos Estados Unidos que morreram no ataque. "Em nome do povo de Israel, compartilho nossa profunda tristeza pela perda de vidas de americanos em Cabul. Israel está com os Estados Unidos nestes tempos difíceis, assim como a América sempre esteve conosco. Nossos pensamentos e orações estão com o povo dos Estados Unidos."
O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, escreveu em seu Twitter: "Nossos corações se partem pelo povo do Afeganistão e pelos entes queridos das vítimas, incluindo os bravos homens e mulheres de nossos Aliados. Continuaremos trabalhando com nossos parceiros para apoiar os afegãos e reassentar refugiados no Canadá."
O presidente da França, Emmanuel Macron, disse em pronunciamento que a segurança não está sob controle na capital afegã e que as horas posteriores ao atentado serão extremamente perigosas. Boris Johnson, primeiro-ministro britânico afirmou que a missão do país continuará até o prazo final, mas pretende que a retirada seja mais rápida e eficiente.
Outro que se manifestou foi o primeiro-ministro da Itália, Mario Draghi, que chamou o ataque de "covarde" e agradeceu aos cidadãos italianos que estão "fazendo o máximo neste extraordinário esforço humanitário para salvar os cidadãos afegãos".
No Twitter, também se manifestaram os líderes da Polônia, Andrzej Duda, da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, da Letônia, Arturs Krišjānis Kariņš e da República Tcheca, Jakub Kulhanek. Todos condenaram o ataque e prestaram condolências às famílias das vítimas.
Manifestação do Itamaraty
O Ministério das Relações Exteriores brasileiro também se manifestou sobre o atentado. Em nota, o Itamaraty diz que os ataques colocam em risco as operações de evacuação e de ajuda humanitária na região.
"Ao transmitir condolências às famílias atingidas e ao povo afegão, o governo brasileiro exorta todos os atores envolvidos a garantir a proteção dos civis, o respeito ao Direito Internacional Humanitário, inclusive o acesso desimpedido da ajuda humanitária, e o respeito aos direitos humanos, em especial de mulheres e meninas", diz o comunicado.