Os cinco países membros do Conselho de Segurança da ONU (Estados Unidos, China, Rússia, Reino Unido e França) se comprometeram nesta segunda-feira (3) a "prevenir a proliferação" de armas nucleares em um comunicado conjunto, antes de uma conferência sobre o Tratado de Não Proliferação (TNP).
Os cinco países membros do Conselho de Segurança da ONU (Estados Unidos, China, Rússia, Reino Unido e França) se comprometeram nesta segunda-feira (3) a "prevenir a proliferação" de armas nucleares em um comunicado conjunto, antes de uma conferência sobre o Tratado de Não Proliferação (TNP).
Em negociações intensas com o Irã sobre seu programa nuclear, as cinco potências mundiais destacaram sua "disposição de trabalhar com todos os Estados para estabelecer um ambiente de segurança que permita maiores avanços no desarmamento, com o objetivo final de um mundo sem armas nucleares", explicou a presidência francesa, que coordenou os trabalhos desses países antes da conferência sobre o chamado Tratado de Não Proliferação (TNP).
A declaração acontece antes da 10ª Conferência das Partes, encarregada de revisar o TNP, o tratado internacional que entrou em vigor em 1970 para prevenir a proliferação de armas nucleares e do qual 191 Estados são partes integrantes. A conferência acontecerá sob o guarda-chuva institucional da ONU.
"Afirmamos que uma guerra nuclear não pode ser vencida e nunca deve ser travada", disseram os cinco países signatários do texto.
"Dissuasão"
"Em vista das conseqüências de longo alcance do uso de armas nucleares, também afirmamos que as armas nucleares, desde que existam, devem ser usadas para fins defensivos, de dissuasão e de prevenção de guerra", acrescentaram.
"Cada um de nós manterá e fortalecerá ainda mais nossas medidas nacionais para evitar o uso não autorizado ou não intencional de armas nucleares", continua o texto.
Os signatários são os cinco Estados legalmente reconhecidos como "Estados com armas nucleares" pelo TNP. Três outros países considerados possuidores da bomba atômica (Índia, Paquistão e Israel) não assinaram o tratado, o que foi criticado pela Coreia do Norte.
O Ocidente suspeita que o Irã busca desenvolver, usando a tecnologia de seus lançadores de satélites, mísseis balísticos de longo alcance capazes de transportar cargas convencionais ou nucleares. Teerã sempre negou as acusações.
As negociações foram retomadas em dezembro de 2021 em Viena para reativar o acordo de 2015 sobre o programa nuclear do Irã, do qual os Estados Unidos se retiraram em 2018.