A Casa Branca acusou nesta sexta-feira (18) a Rússia de ser responsável pelos últimos ataques cibernéticos na Ucrânia, em meio ao aumento de tensão entre os dois países.
O anúncio foi feito por Anne Neuberger, a principal autoridade cibernética da Casa Branca, e é a acusação mais direta de responsabilidade pelos ataques que atingiram o Ministério da Defesa e os principais bancos ucranianos.
Neuberger falou que, além de sites de dois grande bancos, os ataques derrubaram sites governamentais mas com "impacto limitado". No entanto, a americana alertou que é possível que os russos estejam preparando ataques mais destrutivos.
Durante a coletiva, Daleep Sing, um dos assessores de segurança nacional da Casa Branca, também afirmou que possíveis sanções econômicas vão transformar a Rússia em um "pária" para a comunidade internacional.
"Ficará isolada dos mercados financeiros mundiais e estará privada da tecnologia mais sofisticada", disse ele a jornalistas.
Além disso, Sing explicou que, "se a Rússia decidir usar seus suprimentos de energia como arma", o governo americano está pronto. "Tomamos medidas para coordenar com os principais consumidores e produtores de energia, para garantir suprimentos ininterruptos e mercados de energia estáveis", concluiu.
França e Alemanha - Os ministros das Relações Exteriores da França e da Alemanha pediram hoje à Rússia que use sua influência sobre os separatistas no leste da Ucrânia para "incentivar a moderação e ajudar a reduzir a escalada" de tensão na região.
Com base nos apelos dos rebeldes em Donetsk e Lugansk para evacuar civis para um possível conflito, a ministra das Relações Exteriores alemã, Annalena Baerbock, e seu homólogo francês, Jean-Yves le Drian, disseram que "estavam preocupados que os incidentes encenados pudessem ser usados indevidamente como pretexto para uma possível escalada militar".