A Disney mergulhou de vez no ativismo progressista e anunciou que em breve exibirá uma campanha em todos os seus canais endossando a ideologia de gênero na infância. A campanha trará um depoimento de uma mãe de uma criança identificada como “trans”.
No depoimento, a mãe acusa os opositores da ideologia de gênero – incluindo autoridades que recentemente aprovaram leis em estados dos EUA contra terapias hormonais e cirurgias genitais em crianças – de agirem para “separar nossas famílias”.
A campanha foi produzida pela ONG LGBT GLAAD, com o depoimento de uma mãe chamada Amber Briggle, junto com seu marido e seus dois filhos, incluindo a menina que agora se identifica como menino e atende pelo nome de Max.
A ONG ativista LGBT diz que o vídeo mostra que “famílias com crianças trans são como qualquer outra família: amam seus filhos incondicionalmente e simplesmente querem o melhor para eles”.
De acordo com informações do portal The Christian Post, a mãe afirma que Max tem direito a receber bloqueadores da puberdade e hormônios do sexo cruzado, dizendo que uma criança transgênero “não é diferente da sua”.
“Há alguns políticos que estão tentando separar minha família, simplesmente porque minha [filha] é transgênero. Crianças trans não têm agenda política. Eles são apenas crianças. Eles só querem ser deixados em paz”, diz a mãe, em tom simplista.
Embora a campanha não mencione explicitamente nenhuma legislação em particular, será transmitida em canais de propriedade da Disney, assim como em canais de propriedade do grupo Comcast, WarnerMedia e Paramount.
Disney ativista
Recentemente, a Disney recebeu intensas críticas por sua oposição aberta a um projeto de lei de direitos dos pais da Flórida recentemente sancionado pelo governador republicano do estado, Ron DeSantis, do Partido Republicano.
A lei afirma que “a instrução em sala de aula por funcionários da escola ou terceiros sobre orientação sexual e identidade de gênero não pode ocorrer no jardim de infância até a 3ª série ou de uma maneira que não seja apropriada à idade ou ao desenvolvimento dos alunos de acordo com os padrões estaduais”.
Ao mesmo tempo, outros estados – como Alabama, Arizona e Arkansas – aprovaram leis que proíbem a prescrição de hormônios sexuais cruzados e bloqueadores de puberdade para menores, a lei da Flórida não inclui tal disposição.
Depois de inicialmente se recusar a tomar uma posição sobre o projeto da Flórida, a Disney aderiu ao ativismo, e o evangelista Sean Feucht realizou um protesto em frente à sede da Disney em Burbank, no estado da Califórnia.
Entre estudiosos da pediatria, incluindo o American College of Pediatricians, o entendimento é que os bloqueadores da puberdade e os hormônios do sexo cruzado podem ter efeitos colaterais negativos, incluindo “instabilidade emocional”, bem como “osteoporose, distúrbios de humor, convulsões, comprometimento cognitivo e, quando combinados com hormônios do sexo cruzado, esterilidade”.