Malafaia se revolta com Mendonça por voto contra Daniel: ‘Envergonha os evangélicos’
MUNDO
Publicado em 24/04/2022

O pastor Silas Malafaia, líder da igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo, usou as suas redes sociais nesta quinta-feira (21) para se manifestar contra o voto do ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), que lado a outros votos resultou na condenação do deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ) a 8 anos de prisão em regime fechado.

“Terrivelmente decepcionado com o ministro André Mendonça, que se rende ao ditador da Toga e envergonha o povo evangélico”, afirmou Malafaia, fazendo ainda um contraponto com a atuação do ministro católico Kassio Nunes Marques, que votou contra a condenação de Silveira.

“Euero dizer ‘parabéns, ministro Kassio Nunes. Terrivelmente, você me representa'”, completou o pastor. Em sua gravação, Malafaia endossou às críticas da Bancada Evangélica do Congresso Nacional, que esperava um posicionamento contrário por parte de Mendonça.

Aliados do governo argumentam que a condenação de Daniel Silveira é inconstitucional, pois seria fruto de um trâmite processual ilegal, onde a vítima, que neste caso são alguns ministros do STF, como Alexandre de Moraes, é a mesma que acusa, investiga e condena.

O mesmo argumento foi utilizado pelo pastor assembleiano. “Uma outra coisa séria e grave: Alexandre de Moraes é vítima, acusador, julgador e carrasco. Nem poderia participar do processo. Isso é uma vergonha!”, disse Malafaia, chegando a chamar o ministro de “ditador cretino, desgraçado”.

Silveira se tornou réu no STF no primeiro semestre de 2021, após divulgar um vídeo onde aparece fazendo críticas com tom ofensivo aos ministros; palavras que foram vistas pelos magistrados como ataques à própria instituição judicial.

A defesa do deputado, contudo, realizada pelo advogado Paulo Teixeira no plenário do Supremo na quarta-feira (20), argumentou que Daniel fez uso da sua imunidade parlamentar, e que em caso de processamento judicial, caberia apenas acusações de calúnia, ofensa ou difamação, crimes que não são passíveis de prisão.

Com base nisso, Malafaia apontou a desproporcionalidade da pena atribuída ao parlamentar. “Um homicídio simples para réu primário é seis anos de prisão. Para quem mata! Daniel está sendo condenado a oito por suas palavras”, criticou o pastor.

Comentários