Os Estados Unidos forneceram informações para que a Ucrânia pudesse localizar e atacar o cruzador de mísseis Moskva, o principal navio militar da frota russa, que afundou no Mar Negro após uma explosão em 13 de abril. As informações foram divulgadas pelo jornal New York Times.
Um marinheiro morreu e 27 pessoas estão desaparecidas desde o naufrágio, informou o Ministério da Defesa da Rússia. Outros 396 tripulantes foram evacuados.
Em entrevista ao New York Times, dois altos funcionários do governo americano afirmaram que a Ucrânia já havia obtido os dados de segmentação da Moskva por conta própria e que os Estados Unidos apenas confirmaram as informações. Mas outras autoridades disseram que a inteligência americana foi crucial para o naufrágio do navio pela Ucrânia.
Segundo o New York Times, o direcionamento do governo dos EUA faz parte de um esforço secreto e contínuo para ajudar a Ucrânia no campo de batalha em tempo real.
A inteligência dos Estados Unidos também compartilhou com autoridades ucranianos movimentos antecipados de tropas russas, obtidos após uma avaliação do plano de batalha de Moscou na região de Donbass, no leste.
Na quarta-feira (4), a imprensa americana divulgou que os Estados Unidos forneceram informações que ajudaram os ucranianos a atingir e matar muitos dos generais russos que morreram em ação na guerra.
O governo Joe Biden tenta manter em segredo grande parte da inteligência do campo de batalha e marítima por medo de que o movimento seja visto como uma provocação pela Rússia, informou o New York Times. O presidente Vladimir Putin já alertou que "quem interferir levará a consequências nunca experimentadas na história''.
Mesmo assim, nas últimas semanas, os Estados Unidos enviaram armas mais pesadas para a Ucrânia e solicitaram US$ 33 bilhões em ajuda militar, econômica e humanitária adicional do Congresso.
Com 12.500 toneladas, é o maior navio de guerra russo afundado em combate desde a Segunda Guerra Mundial. A embarcação com capacidade para 510 tripulantes era um símbolo do poder militar e liderou a parte naval do ataque russo à Ucrânia.
Na avaliação da inteligência do Reino Unido, o naufrágio de Moskva é a segunda perda considerável pela Rússia durante a guerra na Ucrânia, o que pode obrigá-la a "rever sua postura marítima".