Na manhã de uma sexta-feira, moradores ao longo da costa da Flórida observaram no céu um fenômeno conhecido como “água-viva espacial”. A nuvem de gases iluminada pelos raios solares no alto da atmosfera surgiu logo após a SpaceX lançar, a partir do Centro Espacial Kennedy, da NASA, um foguete Falcon 9 para colocar em órbita um novo lote de satélites Starlink.
Conhecido como “space jellyfish” (“água-viva espacial”, em tradução literal), o fenômeno ocorre sempre que um foguete decola nas primeiras horas do dia ou poucas horas antes do anoitecer. Neste caso, a decolagem ocorreu por volta das 06h42 (horário de Brasília).
Ao subir a atmosfera, o foguete deixou para trás um rastro de gases que foi iluminado pelo Sol. A nuvem, então, passou a adquirir cores como azul e laranja, contrastando com o céu ainda escuro no início da manhã. Em alguns casos, o fenômeno pode durar por mais de uma hora.
Nas redes sociais, diversos observadores compartilharam registros da nuvem luminosa, cujo formato e cores variavam com o passar do tempo. Alguns avistaram uma faixa horizontal prata, enquanto outros enxergaram o que parecia ser uma nuvem ondulante.
Um fato interessante é que água-vivas verdadeiras já visitaram o espaço: em 1991 a NASA enviou milhares delas à órbita da Terra a bordo do então ônibus espacial Columbia. O objetivo era estudar o comportamento desses organismos sob as condições de microgravidade.
No voo desta sexta-feira a SpaceX colocou em órbita mais 53 satélites para compor sua constelação de internet Starlink, que já conta com mais de 2 mil satélites em operação.