Elon Musk, o homem mais rico do mundo, chegou hoje ao Brasil e desembarcou no interior de São Paulo por volta das 9h, segundo um perfil que monitora os voos do bilionário sul-africano. Na hora do almoço, ele deve se encontrar com o presidente Jair Bolsonaro (PL) em um hotel no interior de São Paulo.
"Tenho encontro com uma pessoa muito importante que é reconhecida no mundo todo e vem para cá oferecer ajuda à nossa Amazônia", disse Bolsonaro em sua live semanal na noite de quinta. Na transmissão ao vivo, o presidente não revelou nomes. Em sua agenda oficial, não consta o compromisso.
Na manhã de hoje (20), em sua conta no Twitter, o ministro das Comunicações, Fábio Faria, confirmou a vinda de Musk "para tratar com o governo brasileiro sobre Conectividade e Proteção da Amazônia".
O encontro está previsto para ocorrer no hotel Fasano Boa Vista, na cidade de Porto Feliz. Outros ministros e empresários foram convidados para o almoço, segundo apurou o jornal.
Até a confirmação de Faria, a reunião era mantida em sigilo pelo Palácio do Planalto, mas já havia indícios do provável assunto do encontro entre Musk e Bolsonaro.
Em abril, o governador do Amazonas, Wilson Lima (União Brasil), disse no Twitter que o bilionário "demonstrou interesse em trazer a SpaceX para cá e vamos trabalhar para consolidar esse negócio".
A SpaceX fabrica sistemas aeroespaciais, transporte espacial e comunicações. Dentro da empresa, há o projeto Starlink para desenvolver satélites de baixo custo para integrar sistemas de internet.
Compra do Twitter agrada bolsonaristas
Musk, atualmente, trava uma briga para comprar o Twitter. O bilionário, que é dono também da Tesla, caiu no gosto dos bolsonaristas por ter indicado que gostaria de mudar as políticas da plataforma. Os apoiadores do presidente criticam a rede social pelos limites impostos a compartilhamento de desinformação.
Quando o Twitter fixou acordo com Musk, Bolsonaro disse que a compra "mudou o humor do Brasil", já que o sul-africano falou ter como prioridade "aumentar os limites da liberdade de expressão".
O empresário ofereceu US$ 44 bilhões (R$ 214 bilhões, na cotação atual) para adquirir a rede social e o conselho administrativo da plataforma afirmou que "está comprometido em concluir a transação no preço e nos termos acordados o mais rápido possível".