O presidente francês Emmanuel Macron advertiu os franceses nesta quarta-feira (24) sobre "a grande mudança" que marca o início do novo ano escolar na França, em setembro, pontuada pelo "fim da abundância" e da "despreocupação". "É uma grande transformação que estamos vivendo", alertou o chefe de Estado, referindo-se à recente "série de crises graves", desde a Ucrânia até a seca no continente devido ao aquecimento global, no começo da reunião do Conselho de Ministros em Paris.
O presidente francês Emmanuel Macron advertiu os franceses nesta quarta-feira (24) sobre "a grande mudança" que marca o início do novo ano escolar na França, em setembro, pontuada pelo "fim da abundância" e da "despreocupação". "É uma grande transformação que estamos vivendo", alertou o chefe de Estado, referindo-se à recente "série de crises graves", desde a Ucrânia até a seca no continente devido ao aquecimento global, no começo da reunião do Conselho de Ministros em Paris.
"O momento que estamos vivendo pode parecer estruturado por uma série de crises graves (...) e pode ser que alguns vejam nosso destino [na Presidência] como sendo uma perpétua administração de crises ou emergências", disse Emmanuel Macron durante um discurso a seus ministros, que foi excepcionalmente transmitido pela televisão na França.
Embora, diante desta situação, "nossos compatriotas possam reagir com muita ansiedade", Macron fez um apelo aos membros do governo para "falar as coisas e nomeá-las com grande clareza, sem catastrofismo". O presidente francês acrescentou que esperava que o governo respeitasse a palavra dada e os compromissos assumidos com a nação.
Sem "demagogia"
"O que espero que possamos fazer nas próximas semanas e meses é reafirmar uma unidade muito forte do governo, das forças da maioria" em torno de "um rumo que nos permita consolidar nossa soberania, nossa independência francesa e europeia", disse Emmanuel Macron.
Diante da "ascensão de regimes iliberais" e do "fortalecimento de regimes autoritários", o presidente francês pediu a seus ministros que fossem "sérios", "credíveis" e não cedessem à tentação da "demagogia".
Foi também uma oportunidade para Macron lembrar que é "fácil falar e prometer qualquer coisa". "Não cedamos a essas tentações, elas são as tentações da demagogia. Eles estão florescendo em todas as democracias de hoje, em um mundo complexo e assustador. "Pode sempre parecer atraente dizer o que as pessoas querem ouvir (...) mas devemos primeiro pensar se é eficaz e útil", acrescentou, sem dar exemplos concretos.