A situação humanitária nas comunidades afetadas pelas enchentes do Paquistão vai se deteriorar, alertou nesta terça-feira (6) a ONU, que estabeleceu uma ponte aérea para entregar ajuda às vítimas.
Chuvas torrenciais nas últimas semanas causaram as piores inundações da história do Paquistão.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 1.460 centros de saúde foram afetados, dos quais 432 estão totalmente danificados e 1.028 parcialmente, a maioria deles na província de Sindh.
A OMS e seus parceiros de saúde montaram mais de 4.500 acampamentos médicos e distribuíram 230.000 testes rápidos para detectar diarreia aquosa aguda, malária, dengue, hepatite e chikungunya.
Tarik Jasarevic, porta-voz da OMS, explicou em Genebra que o acesso às áreas afetadas pelas enchentes continua difícil, mas enfatizou a urgência de intensificar a vigilância das doenças.
"Já recebemos relatos de um número crescente de casos de diarreia aquosa aguda, febre tifoide, sarampo e malária, especialmente nas áreas mais afetadas", disse Jasarevic.
Até o momento, a OMS entregou US$ 1,5 milhão em medicamentos essenciais e outros suprimentos, como kits de purificação de água e sachês de sal de reidratação oral, e está pedindo US$ 19 milhões para ajudar as populações afetadas.
Mais de 33 milhões de pessoas foram afetadas pelas enchentes. Um terço do Paquistão está debaixo d'água e pelo menos 1.300 pessoas morreram.