Petista interrompe culto, grita em apoio a Lula e manda pastor ‘calar a boca’
MUNDO
Publicado em 06/10/2022

Um gesto de desrespeito aos evangélicos foi protagonizado por uma militante petista que interrompeu um culto no último domingo, 02 de outubro, e mandando o pastor “calar a boca”.

O culto da Igreja Verbo da Vida, em Petrolina (PE), foi interrompido por uma mulher, vestida de vermelho, com gritos de apoio ao ex-presidente Lula (PT).

“A interrupção aconteceu após a pregação, no momento dos dízimos e ofertas. Uma senhora, vestida de vermelho, se levantou e começou a gritar que os pastores eram mentirosos, que Bolsonaro ia para o inferno, e outras coisas que eu nem teria coragem de escrever”, disse o pastor Edilson de Lira, responsável pela igreja.

O vídeo que circula nas redes sociais mostra a interrupção e a gritaria da militante petista, assim como as palavras usadas contra o pastor que dirigia o culto.

O momento que os diáconos da igreja pediram que ela não atrapalhasse o culto, e ela reage ainda mais exaltada e os agredindo, não foi aparece nesse vídeo: “Apesar do pedido educado de nossa diaconia para que ela se silenciasse e se sentasse, ou fosse embora, a mesma aumentou o tom, e chegou a agredir fisicamente nossa equipe”, relatou o pastor, que reagiu bem-humorado quando a militante o disse para “calar a boca”.

“Quando a mulher gritou que ele calasse a boca, ele então levou de forma leve e tentou descontrair o público, até que nossos seguranças a retirassem do auditório. A igreja começou a aplaudir o pastor, e cantar com nosso grupo de música, até mesmo para ‘abafar’ a voz da mulher”, relatou Edilson.

Repúdio

De acordo com informações do portal Guia-me, a igreja já tomou as providências para denunciar o crime, que tem pena prevista de um mês a um ano de detenção ou multa, conforme o Código Penal Brasileiro.

Nas redes sociais, a publicação do pastor Edilson de Lira foi amplamente comentada, com repúdio à postura da militante radical petista: “Não podemos deixar eles atrapalharem nossa liberdade de culto! Muito bem meu amigo vamos nos unir! Não vamos nos calar!”, escreveu a pastora Talitha Pereira, líder da Igreja do Amor em Pernambuco.

O vereador cristão de Petrolina, Diogo Hoffmann, também se manifestou: “Toda a minha solidariedade ao pastor Edilson e aos irmãos e irmãs da Verbo Petrolina”, comentou o parlamentar.

Hoffmann afirmou que a liberdade religiosa no Brasil corre risco e a situação exige dos cristãos um posicionamento firme: “Precisamos nos posicionar de forma veemente contra todo e qualquer obstáculo ao exercício de qualquer culto ou celebração religiosa, mas também precisamos entender o que está em jogo nessas eleições”, ressaltou.

“Se você é cristão e entende que a nossa própria liberdade de culto está em jogo nessas eleições, você precisa se posicionar de forma firme contra absurdos como esse”, acrescentou.

Essa foi a mesma leitura que o pastor Edilson de Lira fez da situação: “Quero ser representado por políticos que carregam meus valores cristãos, e por isso nossa participação nas eleições é fundamental para influenciar no rumo da sociedade. O Estado é laico, mas a Nação Brasileira é uma Nação Cristã. O Brasil é do Senhor Jesus!”.

A Igreja de Cristo, pontuou, deve exercer sua voz profética: “Muita gente acha que cristianismo e política não se misturam, mas nada pode ser mais distante da verdade. Esse pensamento fere a Constituição, a nossa moral, e o registro da história do cristianismo”.

“O cristianismo sempre foi uma voz profética entre os governantes, condenando seus pecados ou trazendo conselhos. Acabamos com a luta de gladiadores em Roma, fundamos os hospitais e universidades modernos e defendemos os direitos civis dos negros, só para exemplificar. A igreja é uma voz, e não um eco. Somos agentes de transformação”, finalizou.

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