Damares Alves, ex-ministra da Família, Mulher e Direitos Humanos (MDH) do governo federal, veio a público para denunciar que foi ameaçada de morte pelas redes sociais. Segundo a advogada, o episódio ocorreu logo após a sua eleição para o cargo de Senadora da República, no último dia 2 de outubro.
Em sua rede social, Damares exibiu o print de um perfil no Twitter, onde o mesmo pede a morte dela. “Vamos atentar contra a vida dessa mulher! Empalar ela em praça pública, ela precisa sofrer a dor da morte”, diz a mensagem.
Segundo informações do Universa, o perfil também fez ameaças contra o presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, assim como aos seus filhos e apoiadores. “Eu apoio que todos os eleitores do Bolsonaro e seus filhos pequenos sejam executados”, diz a mensagem.
Damares disse que não é a primeira fez que recebe ameaças de morte. Segundo ela, isso ocorre desde quando assumiu a pasta do MDH. A ex-ministra disse que é vítima de ódio por ser pastora evangélica e declarar a sua fé publicamente.
Se referindo a isso, ela disse que as perseguições que sofreu não foram “porque eu era conservadora, mas porque eu era uma pastora evangélica, porque eu declarava a minha fé […] Eles estão pregando morte a uma pastora”.
O episódio recente de ameaça foi denunciado pela senadora eleita na Delegacia de Repressão aos Crimes Cibernéticos, da Polícia Civil do Distrito Federal, que investiga o caso. O perfil responsável pelo crime foi deletado, mas segundo a assessoria de Damares, por iniciativa do próprio criminoso e não por determinação judicial.
Ainda ao relatar o ocorrido, Damares disse que sentiu bastante a atual ameaça porque encontrou a sua filha chorando quando soube da ocorrência.
Reação à denúncia
O nome de Damares Alves também se tornou alvo de uma ação movida por um grupo de advogados apoiador da campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Prerrogativas, após a ex-ministra relatar casos de exploração sexual infantil no Brasil.
O grupo questiona a veracidade das informações divulgadas por Damares e a sua responsabilidade diante dos casos, se verdadeiros, enquanto atuava na pasta dos Direitos Humanos.