O presidente do Partido Liberal (PL), do qual o presidente da República Jair Bolsonaro é filiado, anunciou na terça-feira que protocolou junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) um relatório que contesta o resultado da eleição 2022.
De acordo com o partido, uma auditoria privada contratada concluiu que 279 mil das urnas eletrônicas (59,2% do total) utilizadas na eleição, durante o segundo turno, não tinham identificação.
Além disso, o relatório aponta que as urnas que sofreram travamento e precisaram ser reiniciadas, teriam gerado em seu registro log um erro que expôs informações sigilosas de vários eleitores.
“Nós estamos aqui hoje com uma única intenção de contribuir para o fortalecimento da democracia do nosso país […] Eu, Valdemar, fui eleito com urna eletrônica, as bancadas do PL foram eleitas com urna eletrônica então é natural que se peça um trabalho de fiscalização para que não fique nenhuma dúvida em relação ao nosso sistema eleitoral”, declarou o presidente do PL.
De acordo com a auditoria privada realiz
Moraes reage
A coletiva de imprensa convocada pelo PL para anunciar a sua ação mal havia encerrado, e o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, reagiu ao comunicado do partido.
Cerca de 15 minutos depois, segundo o Antagonista, Moraes deu o prazo de 24 horas para o PL apresentar os dados, também, referentes ao primeiro turno das eleições, ocasião em que o partido elegeu o maior número de parlamentares no país.
Em outras palavras, significa que se houver nova eleição, não apenas os candidatos à Presidência da República serão afetados, mas também todos os deputados, senadores e governadores que foram ou não eleitos, inclusive do próprio PL.
Ao comentar tal possibilidade, a deputada federal Bia Kicis afirmou que o mais importante nesse momento é a “transparência” das eleições, e não os mandatos políticos, tendo em vista que é a democracia que está em xeque.