Cotado para a Justiça de Lula, Dino quer o apoio das igrejas para desarmar cidadãos
MUNDO
Publicado em 19/12/2022

Cotado para assumir o Ministério da Justiça no governo Lula, o ex-governador do Maranhão e senador eleito Flávio Dino (PSB) já anunciou que deseja o apoio das igrejas para desarmar cidadãos no Brasil.

A intenção do socialista é promover o desarmamento civil através de incentivos para quem entregar voluntariamente as suas armas, assim como pela revogação dos decretos do atual presidente da República, Jair Messias Bolsonaro (PL), responsáveis pela facilitação da compra de armas no país.

“Uma campanha de desarmamentos depende de ações de emulação cultural. As igrejas podem, devem e serão convidadas nesta campanha”, disse Dino em uma entrevista para o jornal.

Demonstrando ignorância quanto à real posição bíblica sobre o direito à legítima defesa (entenda essa questão aqui), Dino alegou ainda que “Jesus definitivamente não era praticante de nenhum tipo de armamentismo. Essas pessoas, como eu, cristão, leram a Bíblia.”

Quem é Flávio Dino

Natural de São Luís, Flávio Dino possui 58 anos e já foi deputado federal de 2007 a 2011, e governador do Maranhão entre 2015 e 2022, quando deixou o governo para concorrer à vaga de Senador da República.

De acordo com informações divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Maranhão é o estado que possui o maior número de pessoas extremamente pobres do Brasil, com cerca de 1,5 milhão de pessoas lutando para ao menos ter algo para comer, diariamente, informa o G1.

Apesar dessa trágica realidade, Dino afirmou que conseguiu avançar em melhorias para a população. Durante uma avaliação dos seus sete anos de governo, por exemplo, ele exaltou “a execução de políticas públicas visando combater desigualdades sociais.”

Professor de direito da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), e com mestrado em direito público pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Dino também já disse ser um “comunista, graças a Deus”, durante uma entrevista gravada em 2020 pelo Poder360.

“Infelizmente, por conta dos ecos das ditaduras, difundiram-se muitos preconceitos contra a palavra ‘comunista’. É uma coisa meio curiosa, porque não há inclusive base etimológica. Comunista é comunhão, comum, comunidade”, disse ele na ocasião.

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