Como sempre, a desculpa do governo para acabar com a privacidade financeira de seus cidadãos é uso desse recurso por criminosos, incluindo terroristas e pessoas que praticam lavagem de dinheiro. Por trás dos panos, isso acelera a adoção de sistemas eletrônicos, que conseguem oferecer controle total do seu dinheiro ao governo.
Um novo conjunto de regras aprovado pelo Parlamento Europeu nesta semana acelera a guerra contra a privacidade financeira. Além de focar no dinheiro em espécie, o texto também aborda o campo das criptomoedas, incluindo carteiras de autocustódia.
Para Patrick Breyer, membro do Partido Pirata da Alemanha que votou contra a proposta, esta "guerra da União Europeia contra o dinheiro em espécie terá repercussões desagradáveis".
Em nota publicada em seu site, Breyer também afirma que as novas leis são piores que as atuais.
"Ao contrário do dinheiro, que é totalmente anônimo, as transações realizadas com criptomoedas podem, no caso do Bitcoin, ser rastreadas na blockchain", apontou Breyer, notando que diversos crimes já foram solucionados com análise on-chain. "Não há evidências suficientes sobre o volume e a frequência do uso de criptomoedas para lavagem de dinheiro."
"As regras da UE seriam fáceis de contornar devido à natureza global da internet. Os ativos virtuais podem tecnicamente ser transferidos diretamente de uma pessoa para outra sem o uso de intermediários, o que os torna impossíveis de regular."