Assessor de Putin Alerta para Risco de Guerra Nuclear Caso Ucrânia e Otan Tentem Retomar Territórios Ocupados
Declaração eleva tensão internacional e reacende debate sobre limites do conflito entre Rússia e Ucrânia; Kremlin mantém exigências rígidas para negociações de paz
Por Administrador
Publicado em 10/06/2025 08:00
GUERRA DA UCRÂNIA

Em um novo capítulo das tensões entre Rússia e Ucrânia, um assessor sênior do presidente russo Vladimir Putin, Vladimir Medinski, afirmou nesta segunda-feira (9) que o mundo corre o risco de uma guerra nuclear caso a Ucrânia, com apoio da Otan, tente retomar os territórios atualmente ocupados por tropas russas. A declaração, dada em entrevista à agência estatal russa RIA Novosti, repercutiu internacionalmente e reacendeu o debate sobre os limites do conflito e os riscos de uma escalada sem precedentes.

 

Segundo Medinski, qualquer tentativa de reconquista das regiões anexadas pela Rússia pode resultar em consequências catastróficas para toda a humanidade. “Se não houver um acordo de paz verdadeira, e se a Ucrânia, com o apoio da Otan, tentar recuperar os territórios perdidos, isso levará a uma guerra nuclear e ao fim do planeta”, afirmou o assessor, que lidera a delegação russa nas negociações de paz.

 

A Rússia controla atualmente cerca de 20% do território ucraniano, incluindo as regiões da Crimeia, Lugansk, Kherson, Donetsk e Zaporizhzhia, cuja anexação é considerada ilegal pela comunidade internacional, mas defendida pelo Kremlin como condição inegociável para qualquer acordo. Além disso, Moscou exige a retirada completa das forças ucranianas dessas áreas e a realização de novas eleições presidenciais na Ucrânia, com o objetivo de afastar Volodymyr Zelensky do poder.

 

O governo ucraniano, por sua vez, rejeita as exigências russas e reafirma o compromisso de lutar pela integridade territorial do país. O presidente Zelensky declarou recentemente que “nenhuma ameaça fará a Ucrânia recuar de seu direito soberano de defender seu povo e seu território”.

 

Especialistas em relações internacionais avaliam que a retórica nuclear da Rússia visa pressionar tanto Kiev quanto os países ocidentais a aceitarem concessões nas negociações. “É uma estratégia perigosa, pois aumenta o risco de erro de cálculo e dificulta o avanço de um diálogo construtivo”, observa o professor Andrei Kolesnikov, do Carnegie Russia Eurasia Center.

 

A comunidade internacional, incluindo Estados Unidos, União Europeia e China, manifestou preocupação com a escalada verbal e reiterou a necessidade de buscar uma solução diplomática para o conflito. O secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu moderação e diálogo, alertando para as “consequências impensáveis” de um confronto nuclear.

 

Enquanto isso, o conflito segue sem sinais de trégua, com intensificação dos combates em diversas regiões e relatos de novas ofensivas e ataques aéreos. O cenário permanece imprevisível, e a ameaça nuclear, ainda que considerada remota por analistas, reforça a urgência de esforços internacionais para evitar uma escalada ainda maior da guerra.

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