Segunda onda de coronavírus poderia causar queda de 12% no PIB dos EUA
MUNDO
Publicado em 07/05/2020

Segunda onda de coronavírus poderia causar queda de 12% no PIB dos EUA

 

O impacto econômico do coronavírus pode durar muito mais tempo e se mostrar muito mais prejudicial sem uma coordenação política internacional, segundo análise do Banco de Compensações Internacionais (BIS, na sigla em inglês).

“Ninguém pode se esconder das consequências de uma pandemia, e políticas macroeconômicas unilaterais estão fadadas ao fracasso”, escreveram Emanuel Kohlscheen, Benoit Mojon e Daniel Rees em boletim publicado pela instituição com sede em Basileia na segunda-feira.

No estudo, foram analisados vários cenários levando em consideração os efeitos econômicos nas principais economias.

 

Em um modelo, com um impacto econômico inicial “mais grave” e uma segunda onda do vírus, o PIB dos EUA ficaria perto de 12% abaixo do nível sem a pandemia até o final de 2020. No cenário “menos grave” e com o vírus controlado rapidamente, o impacto chegaria neste trimestre e ficaria limitado a cerca de 5%.

Os autores alertam que medidas nacionais desarticuladas aumentam a chance de uma segunda onda de surto.

Segundo os especialistas, “mesmo um país que crie um pacote de políticas domésticas que limite com êxito sua desaceleração doméstica, este não estará imune a políticas insuficientes ou ineficazes adotadas em outras partes do mundo”.

Ministros das Finanças da zona do euro se preparam para uma teleconferência para criar um marco de apoio financeiro aos países mais afetados pela pandemia. O surto dá sinais de desaceleração na Espanha e na Itália, mas as economias estão abaladas devido às severas restrições às empresas e à mobilidade.

 

 

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