O Brasil está entre os países que apoiaram a resolução anti-Israel na ONU, apesar da promessa de transferir sua embaixada para Jerusalém.
Num vergonhoso e condenável atropelo da História, 139 estados membros das Nações Unidas aprovaram ontem uma resolução que alega que o Monte do Templo, no coração de Jerusalém, o bíblico Monte Moriá, é um local sagrado "unicamente islâmico", denominando-o pelo único nome de al-Haram al-Sharif.
Esta foi uma das sete resoluções pró-palestinianas e anti-Israel que o 4º Comité da Assembleia Geral da ONU aprovou ontem em Nova Iorque.
A resolução que abordou Jerusalém incluiu linguagem que se referiu à ligação das três religiões monoteístas a Jerusalém. Na linguagem da resolução, Jerusalém é referida como "ocupada" apenas na sua parte oriental.
O embaixador de Israel na ONU, Gilad Erdan, disse ao comité que a resolução "ignora por completo qualquer ligação entre o povo judeu e o Monte do Templo - o nosso lugar mais sagrado. Isso é uma desgraça. A tentativa audaciosa de reescrever a História não alterará o facto indiscutível que a conexão judaica à cidade de Jerusalém data de há milhares de anos."
E Erdan acrescentou: "Eles também não alterarão o facto da nossa actual conexão a Jerusalém ser a mais forte de sempre. Um número crescente de países está deslocando as suas embaixadas para Jerusalém, a nossa capital unida e indivisível."
Esta pérfida acção da ONU tem lugar numa altura em que a administração Trump tem aumentado os seus esforços para vincar a ligação de Israel a Jerusalém, que é a capital do moderno estado e onde o Templo judaico, o lugar judaico mais sagrado, permaneceu nos tempos bíblicos.
"Ao contrário desta câmara, que está desfasada da realidade, um crescente número de nações está reconhecendo que Jerusalém é a inegável capital do povo judeu e do estado judaico. Como Ministro da Segurança Pública, eu assegurei que todas as religiões tinham acesso aos lugares sagrados de Jerusalém" - acrescentou o diplomata.
"Nenhuma resolução aqui passada alterará a conexão eterna entre o povo judeu e o lugar mais sagrado da nossa fé: Har HaBayit, o Monte do Templo" - afirmou Erdan.
"Ao longo dos anos os palestinianos têm andado a promover uma linguagem que inclui apenas o termo islâmico "Haram al-Sharif" e que exclui propositadamente o nome hebraico para o Monte do Templo" - acrescentou o embaixador.
Erdan disse aos estados membros da ONU: "o vosso apoio encorajou os palestinianos não apenas a negar a conexão judaica a este lugar, mas também a negar o acesso ao mesmo, ameaçando até com violência. Ao apoiarem estas resoluções, vocês partilham a responsabilidade pelo comportamento deles."
Esta resolução é o passo mais recente numa longa batalha entre Israel e os estados muçulmanos em relação ao estatuto de Jerusalém, em particular o Monte do Templo, que é o terceiro lugar mais sagrado para o islão.