Em causa a produção e a partilha de imagens e vídeos contendo abusos sobre crianças, através de uma rede online.
As vítimas tinham idades compreendidas entre os 16 meses e os 15 anos. Dezasseis das vítimas frequentavam todas a mesma creche.
Um dos detidos é um antigo trabalhador de uma creche em Nova Gales do Sul, com acesso a 30 crianças, referiu a polícia. O homem de 27 anos enfrenta mais de 300 acusações, incluindo abuso sexual.
Os 14 detidos enfrentam um total de 828 acusações de exploração, bem como acusações de bestialidade envolvendo quatro animais. Os suspeitos têm entre 20 e os 48 anos.
“Estes homens alegadamente produziram material contendo abusos de crianças para o prazer depravado dos seus pares, com absolutamente nenhuma preocupação com os efeitos duradouros das suas ações nestas crianças”, disse o responsável da polícia australiana, Christopher Woods.
“Nenhuma criança pode ser sujeita aos abusos e violência de pessoas que têm posições de poder e de confiança nas suas vidas, seja um membro da família, um trabalhador da creche ou um treinador de futebol”, acrescentou.
A investigação dura há um ano e avançou no seguimento de uma denúncia de investigadores norte-americanos sobre um utilizador australiano da internet. Em fevereiro foi detido um homem em Wyong, a norte de Sidney. O homem de 30 anos foi então acusado de 89 ofensas, incluindo o abuso de duas crianças.
As autoridades conseguiram então chegar a fóruns sociais onde imagens e vídeos eram produzidos e partilhados.
“Cada mandado de detenção levou à descoberta de mais arguidos e mais crianças a serem salvas”, revela a polícia australiana em comunicado desta quarta-feira.
No mês passado, a Polícia Federal da Austrália já tinha desferido um golpe numa outra rede de exploração infantil, com a detenção de 44 homens por toda a Austrália.