Cristãos de Bangladesh protestam contra o terrorismo islâmico
Minorias religiosas marcharam contra violência e a perseguição.
Uma marcha pacífica pelas ruas de Dhaka, aconteceu em 7 de novembro com a iniciativa dos cristãos de Bangladesh e outros grupos minoritários, cerca de 500 pessoas compareceram, protestando contra os ataques extremistas islâmicos que vem acontecendo na região continuamente.
Cerca de 17 pessoas foram mortas este ano entre março e setembro, com ataques durante a pandemia do coronavírus, de acordo com a secretária geral do Bangladesh Hindu Rana Dasgupto e o Christian Oikya Parishad, organizadores da marcha.
Os líderes das minorias afirmam que as comunidades vivem no medo por culpa do governo que falhou e falha em protegê-las. Os manifestantes afirmam que os ataques islâmicos contra as comunidades minoritárias “ferem os sentimentos religiosos” das vítimas.
A mídia social tem tido um papel fundamental para induzir os ataques aos cristãos e outras minorias, como os budistas. Um cartaz foi escrito com a seguinte frase “Para de usar o Facebook para atacar a comunidade”, vários incidentes de perseguição foram iniciados pela mídia social.
Minorias religiosas em Bangladesh
Os cristãos são cerca de 1% em Bangladesh, e em sua maioria costumam ter maior liberdade religiosa em comparação com outros países de maioria muçulmana. A população hindu e budista denota 9% da população, totalizando 10% das duas minorias, os mulçumanos ainda são 90% da população e acabam discriminando os demais.
Os cristãos que vivem em áreas rurais estão sofrendo mais com a violência, e tem como alvo aqueles que são convertidos do islamismo ao cristianismo e ativos no evangelismo. Apesar do país dar às minorias religiosas o direito de praticar a religião e partilhar da sua fé na constituição, o Islã é a religião oficial do país.
Segundo a Portas Abertas, o país ocupa o 38º lugar na lista dos países perseguidos. Depois do ciclone Amphan e a COVID-19 houve maior desproteção para os cristãos no país. Muitos são obrigados a voltar para o islã e receber ajuda do governo, caso contrário permanecem na mesma situação.