O Brasil registrou um crescimento de 1,4% no Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre de 2025, um resultado que coloca o país entre os maiores desempenhos econômicos globais no período, superando 44 nações. O principal motor desse avanço foi o setor agropecuário, que, beneficiado por uma supersafra, demonstrou mais uma vez sua força como pilar da economia nacional.
No acumulado de 12 meses, o crescimento atingiu 3,5%, refletindo um mercado de trabalho aquecido e a expansão do crédito, segundo analistas. No entanto, o cenário não é de otimismo unânime. Especialistas alertam para a crescente dependência do agro, enquanto a indústria segue encolhendo, um desequilíbrio que pode comprometer a sustentabilidade do crescimento a longo prazo.
"O agronegócio é um exemplo de pujança, mas a desindustrialização é um problema crônico que precisa de soluções urgentes", destaca Alexandre Calais, em análise recente. Enquanto o governo celebra os números, a pergunta que paira é: como diversificar a matriz econômica para garantir um futuro menos vulnerável às oscilações do campo?