Carla Zambelli na Lista da Interpol: Fuga, Mandato em Risco e o Brasil em Alerta
Deputada bolsonarista se torna foragida internacional após decisão do STF; escândalo político reacende debate sobre justiça, impunidade e polarização no país
Por Administrador
Publicado em 05/06/2025 18:26
POLITICA

O cenário político brasileiro foi sacudido nesta quinta-feira, 5 de junho de 2025, por um episódio digno de thriller internacional: a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), uma das figuras mais polêmicas da direita nacional, entrou oficialmente na lista vermelha da Interpol após decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O pedido de prisão preventiva, somado ao bloqueio de bens e à solicitação de perda imediata do mandato, transformou a parlamentar em foragida internacional e reacendeu discussões acaloradas sobre justiça, perseguição política e o futuro da democracia no Brasil.

 

A ordem de prisão preventiva foi expedida após Zambelli deixar o país, supostamente rumo à Europa, em meio a investigações que a apontam como mandante do ataque hacker ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ocorrido em 2023. A parlamentar, que já havia sido condenada pelo STF a dez anos de prisão, agora enfrenta a possibilidade de perder o mandato de forma sumária, caso o plenário da Câmara acate o pedido do Supremo. O caso se tornou um divisor de águas, expondo fissuras profundas entre os Poderes e mobilizando tanto apoiadores quanto críticos nas redes sociais.

 

A inclusão de Zambelli na lista da Interpol significa que ela pode ser detida em qualquer país signatário do acordo internacional, tornando sua situação jurídica ainda mais delicada. O governo brasileiro já comunicou oficialmente as autoridades estrangeiras, enquanto aliados da deputada denunciam o que chamam de “perseguição judicial” e “censura política”. Do outro lado, opositores comemoram a ação como um passo necessário contra a impunidade e a desinformação.

 

Do ponto de vista conservador, a situação de Zambelli levanta questões fundamentais sobre o equilíbrio entre a luta contra crimes políticos e o respeito ao devido processo legal. Embora seja imprescindível que a justiça atue com rigor diante de crimes graves, há um risco real de que o uso de instrumentos como a Interpol e a perda sumária de mandato se tornem precedentes perigosos para a liberdade parlamentar e para o debate democrático. O Brasil, que já vive um clima de polarização extrema, assiste agora a mais um capítulo de tensão entre Judiciário e Legislativo, com possíveis reflexos sobre a confiança nas instituições.

 

Enquanto a deputada permanece foragida e o Congresso se prepara para decidir seu destino, o caso Zambelli promete manter o país em suspense. Para uns, trata-se da queda de uma das vozes mais combativas da oposição; para outros, de um alerta sobre os limites da justiça em tempos de crise política. Resta saber se este episódio marcará o início de uma nova era de rigor institucional ou se aprofundará ainda mais a divisão que já fragmenta a sociedade brasileira.

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