Direita se articula e nomes ganham força para a disputa presidencial de 2026
Com Lula perdendo favoritismo, lideranças como Tarcísio, Zema, Caiado e Michelle Bolsonaro movimentam o tabuleiro político e ampliam presença nacional
Por Administrador
Publicado em 10/06/2025 10:03
POLITICA

A corrida para as eleições presidenciais de 2026 já começou a agitar os bastidores da política brasileira. O cenário, antes dominado pelo favoritismo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, agora se mostra mais aberto e competitivo, com a direita e o centro-direita consolidando alternativas viáveis para a sucessão no Palácio do Planalto.

 

Segundo pesquisa Quaest divulgada recentemente, Lula aparece tecnicamente empatado com nomes como Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo, Michelle Bolsonaro (PL), Ratinho Jr. (PSD) e Eduardo Leite (PSD) em simulações de segundo turno. O ex-presidente Jair Bolsonaro, embora inelegível, ainda figura como liderança influente e empata com Lula nas intenções de voto espontâneas, mostrando que a direita mantém força expressiva no eleitorado.

 

Entre os nomes mais cotados para enfrentar Lula, Tarcísio de Freitas desponta como principal aposta do campo conservador. Sua gestão em São Paulo, marcada por uma postura técnica e foco em segurança pública, tem elevado sua popularidade nacional. O desconhecimento sobre o governador caiu nos últimos meses, indicando que sua imagem está se consolidando entre os eleitores de todo o país.

 

Outro nome que ganha destaque é o de Romeu Zema (Novo), governador de Minas Gerais. Zema, que foi reeleito no primeiro turno e possui alta aprovação em seu estado, trabalha para ampliar sua presença nacional e já contratou equipe de marketing visando a pré-candidatura. Minas, segundo maior colégio eleitoral do Brasil, pode ser decisivo na disputa. No entanto, Zema enfrenta desafios internos, como a necessidade de fortalecer seu partido e superar resistências de setores do funcionalismo estadual.

 

Ronaldo Caiado (União Brasil), governador de Goiás, também se movimenta estrategicamente, expandindo sua atuação política para fora do estado e buscando se tornar mais conhecido nacionalmente. Já Michelle Bolsonaro, ex-primeira-dama, é vista como possível nome ao Senado pelo Distrito Federal, mas não se descarta sua entrada na disputa presidencial, dada sua popularidade entre o eleitorado conservador.

 

A movimentação não se limita ao Executivo. Tanto o PL quanto o PT têm priorizado candidaturas ao Senado, buscando ampliar influência e garantir maior poder de articulação em Brasília. Em São Paulo, por exemplo, o PL costura apoio a Tarcísio ao governo em troca de força para nomes como Eduardo Bolsonaro e Guilherme Derrite ao Senado.

 

O quadro para 2026 é de intensa disputa e indefinição. A direita, mesmo sem consenso absoluto, apresenta múltiplas alternativas e busca consolidar um nome forte para rivalizar com Lula, que, apesar de contar com a máquina federal, já não é mais visto como favorito absoluto. O eleitorado brasileiro, por sua vez, acompanha atento os movimentos dos principais atores políticos, ciente de que o próximo pleito será decisivo para os rumos do país.

 

O ambiente é de renovação e expectativa. A consolidação de candidaturas competitivas à direita e ao centro-direita indica que o debate político em 2026 será marcado pela pluralidade de propostas e pelo fortalecimento do conservadorismo como força relevante no cenário nacional.

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