O presidente Jair Bolsonaro (PL) reagiu à notícia da morte de um dirigente petista em Foz do Iguaçu, no Paraná, após ser alvejado com vários tiros pelo agente penitenciário. Jorge José da Rocha Guaranho, durante uma festa de aniversário com temática de apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Marcelo Arruda estava no aniversário, quando entrou em discussão com o agente, ainda do lado de fora de onde a festa estava sendo realizada na noite do último sábado (9). A Polícia Civil investiga as circunstâncias que levaram à troca de tiro entre os dois. Ambos se balearam e o petista veio a óbito, enquanto Rocha se encontra internado, segundo o CB.
Pelo fato de parte da imprensa associar o agente penitenciário ao apoio ao governo Bolsonaro, o presidente fez uma publicação rechaçando qualquer tipo de violência por divergências políticas, aproveitando para alfinetar os opositores.
“Dispensamos qualquer tipo de apoio de quem pratica violência contra opositores. A esse tipo de gente, peço que por coerência mude de lado e apoie a esquerda, que acumula um histórico inegável de episódios violentos”, declarou Bolsonaro.
O presidente da República, então, lembrou uma série de casos que ficaram nacionalmente conhecidos, praticados por defensores da oposição, bem como as manifestações de rua da esquerda, onde é comum observar algum tipo de violência e extremismo.
“É o lado de lá que dá facada, que cospe, que destrói patrimônio, que solta rojão em cinegrafista, que protege terroristas internacionais, que desumaniza pessoas com rótulos e pede fogo nelas, que invade fazendas e mata animais, que empurra um senhor num caminhão em movimento”, completou o presidente.
“Autorização à violência”
Também pelas redes sociais, Bolsonaro rebateu um artigo da jornalista Míriam Leitão, onde a mesma acusa o chefe do Executivo de dar, através dos seus gestos e palavras, “autorização presidencial à violência”.
“O presidente tem incentivado o confronto político e doura a pílula dizendo que é a defesa da liberdade. Qualquer opção política que não for a dele, e qualquer eleição que favorecer o PT é a perda da liberdade, na visão distorcida que o presidente defende”, escreveu a jornalista, ex-militante pró-esquerda durante o regime militar.
Bolsonaro, por sua vez, respondeu: “Será que o segredo para ganhar sua simpatia é aplaudir ataques violentos a opositores ao invés de rejeitar esse tipo de apoio como fiz? Há dois dias seu candidato literalmente agradeceu e elogiou um vereador do PT pela tentativa de homicídio de um opositor e você não falou nada…”