Apesar de ter perdido força no mundo, após a incursão de uma coalisão internacional liderada pelos Estados Unidos ao longo de anos, extremistas islâmicos do grupo terrorista Estado Islâmico ainda estão em atuação, inclusive realizando “decapitação” de cristãos.
Em Memba, por exemplo, província de Nampula situada no norte de Moçambique, os extremistas invadiram uma vila e assassinaram de forma cruel um morador. O braço local do Estado Islâmico também assumiu a “decapitação de vários cristãos” em ataques em outra província, ao norte de Nampula.
Segundo informações da Barnabas Fund, o grupo responsável pelos ataques é o Ahlu Sunnah Wa-Jama, ligado ao Estado Islâmico. Os extremistas ganharam força na região e vêm realizando atentados brutais, motivo pelo qual o local passou a ser chamado “Terra do Medo”.
“O que eles fazem com as pessoas que capturam e matam eu nunca vi em nenhum lugar da África”, disse um especialista. O relato de extrema crueldade também foi confirmado por uma moradora, que presenciou a morte do seu marido, segundo a Porta Abertas.
“Fiquei realmente abalada com a morte do meu marido. Nunca vi uma brutalidade como a dos radicais. O pior é que as crianças também são mortas ou sequestradas por esses grupos”, disse a mulher, que não teve o nome revelado por motivos de segurança.
Moçambique ocupa a 41ª colocação na lista mundial de perseguição religiosa da Portas Abertas. Contudo, há lugares, como Memba, onde a violência e a perseguição dos extremistas islâmicos é tão intensa, que a colocação pode facilmente ser comparada a de países como o Afeganistão, onde os cristãos estão sendo “caçados”, literalmente.
Além dos extremistas, os cristãos locais também precisam lidar com os cartéis de drogas. Uma vez que o trabalho das igrejas consiste em salvar vidas, consequentemente os fiéis são vistos como um atrapalho para o tráfico.