Lucas 12:2: entenda trecho da Bíblia que deu nome à operação da PF
MUNDO
Publicado em 14/08/2023

A PF (Polícia Federal) batizou na 6ª feira (11.ago) a operação que apura a venda no exterior de presentes recebidos de delegações estrangeiras pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) com um nome que faz referência a uma passagem da Bíblia: “Lucas 12:2”.

O versículo 2 do capítulo 12 do livro de Lucas, escolhido pelos agentes da corporação, diz: “Não há nada escondido que não venha a ser descoberto, ou oculto que não venha a ser conhecido”.

A operação Lucas 12:2 apura o “desvio de bens de alto valor patrimonial entregues por autoridades estrangeiras a Bolsonaro, ou agentes públicos a seu serviço, e posterior ocultação com o fim de enriquecimento ilícito”. Foram 2 mandados em Brasília, 1 em São Paulo e 1 no Rio de Janeiro.

Entre os alvos, estavam:

- O general da reserva Mauro Cesar Lourena Cid, pai de Mauro Cid;

- O segundo-tenente do Exército Osmar Crivelatti, braço direito de Cid; e

- O ex-advogado da família Bolsonaro Frederick Wassef.

BOLSONARO NÃO ESTAVA ENTRE OS ALVOS

Apesar de ter sido mencionado pela corporação como integrante de uma suposta “organização criminosa” que praticava lavagem de dinheiro, peculato e enriquecimento ilícito, Bolsonaro não esteve entre os alvos de busca da operação deflagrada na 6ª feira (11.ago). Eis a íntegra da decisão do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes (3 MB).

Segundo a decisão do ministro, a busca em endereços de Bolsonaro, do ex-ajudante de ordens Mauro Cid e de seu assessor Marcelo Câmara foram “desnecessárias” porque já foram cumpridas em ação que investiga a inserção de dados falsos de vacinação contra a covid no ConecteSUS, realizada em 3 de maio deste ano. Nessa operação, o ex-presidente teve o celular e dispositivos eletrônicos apreendidos. 

Mesmo sem ter sido alvo de buscas, conforme apurou o Poder360, a PF (Polícia Federal) quer que Bolsonaro preste depoimento na investigação. A corporação também pede a quebra do sigilo bancário do ex-presidente. A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro também deve ser ouvida. Ela é citada em conversas de Mauro Cid.

 

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