Zelensky diz que protegerá Ucrânia da Rússia com ou sem apoio
MUNDO
Publicado em 23/02/2022

MUNIQUE, 19 FEV (ANSA) - O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse neste sábado (19) que seu país precisa de garantias de segurança da comunidade internacional para evitar uma invasão russa, porque o mundo não está preparado para "pagar o preço" de outra guerra mundial. 

Em pronunciamento na Conferência de Segurança em Munique, na Alemanha, o chefe de Estado pediu mais apoio do Ocidente e reforçou que vai defender o próprio país "com ou sem parceiros".   

"Todos devem entender que não estamos pedindo uma doação", disse.

"Não é apenas um gesto de generosidade, mas isso é uma contribuição de vocês para a segurança da Europa, para qual a Ucrânia tem servido como um escudo por oito anos já", prosseguiu.   

Zelensky observou que o planeta já perdeu "milhões de vidas" com duas guerras mundiais e que é preciso ter "esperança" para não ocorrer um terceiro conflito.  

"O mundo já pagou um preço muito alto com duas guerras mundiais e nós não podemos seguir nessa tendência. E não tornar isso uma tendência. Nós precisamos construir um novo sistema, antes que tenhamos milhões de vítimas", afirmou Zelensky. 

O líder ucraniano discursou em meio à escalada de tensões na fronteira entre Ucrânia e Rússia e afirmou que pelo menos 150 mil soldados russos fortemente armados estão na região.   

Zelensky pediu paz, em nome da Ucrânia e do mundo, ressaltando que "o mundo está dizendo que não pode haver uma guerra, enquanto a Rússia diz que também não quer intervir". Para ele, "alguém está mentindo".  

O presidente também convocou uma reunião do Conselho de Segurança da ONU em vista da escalada militar em torno da Ucrânia e acrescentou que é necessário um roteiro para uma "possível integração da Ucrânia na aliança" da Organização do Tratado do Atlântico do Norte (Otan).  

"Nas próximas semanas é necessário buscar novas garantias de segurança para a Ucrânia com os países do Conselho de Segurança e com a participação da Europa, Alemanha e Turquia ", concluiu.   

 

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