Salles também discursou no plenário da Câmara, em meio aos participantes do MST. Ele afirmou que não havia motivos para celebração, relembrando "achados" da CPI do MST. Os trabalhos terminaram sem votação do relatório e sem o indiciamento de investigados. Quem também criticou o movimento na tribuna foi o deputado Rodolfo Nogueira (PL-MS). Ele considerou o marco como "40 anos de destruição" e avaliou que os participantes presentes na sessão são feitos de massa de manobra por lideranças que vivem "em apartamentos e mansões luxuosas, enquanto vocês vivem em barracos". Os discursos geraram reação dos membros do MST, que chegaram a vaiar os parlamentares e depois se viraram de costas para eles.
A presidente da sessão, deputada Maria do Rosario (PT-RS), pediu respeito por parte dos participantes, mas também criticou a conduta dos oposicionistas. "Nunca vi uma instituição que é homenageada ser desrespeitada pelos integrantes dessa Casa", disse.
Os parlamentares da oposição também elaboraram uma nota de repúdio ao movimento que pede "que as autoridades competentes ajam com rigor para coibir suas atividades ilegais e garantir o respeito à lei e à ordem no campo brasileiro". "O MST tem sido responsável por invasões ilegais de propriedades rurais, destruição de plantações e infraestrutura, além de incitar a violência e o conflito no campo. Até mesmo fortes indícios de crimes de tortura e assassinato estão sendo praticados em nome de uma reforma agrária que não sairá do papel enquanto estiver sendo utilizada para o locupletamento ilícito e político daqueles que dizem defendê-la", afirmou o deputado Luciano Zucco (PL-RS) na nota.