A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou para 2025 um aumento de até 5,76% nas tarifas de energia elétrica para consumidores das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. O reajuste é consequência direta da elevação da quota da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), fundo responsável pelo financiamento de políticas públicas do setor, como subsídios à tarifa social e incentivo à geração distribuída. O orçamento total da CDE em 2025 foi fixado em R$49,2 bilhões, o que representa um aumento de 32,4% em relação a 2024, refletindo principalmente decisões governamentais que ampliaram benefícios e isenções[1][2].

Segundo a Aneel, o impacto prático do reajuste varia conforme a região e o perfil de consumo, mas o efeito médio estimado do fundo setorial é de 5,76% a mais sobre as contas do Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Na região Norte e Nordeste, a alta será um pouco menor, com acréscimo médio de 3,85% devido à diferença na dinâmica de subsídios e divisão de custos entre as regiões[1][2].

Além dos reajustes diretos da CDE, outros fatores também contribuem para pressionar as contas de luz em 2025, como a manutenção da bandeira tarifária vermelha por menor volume de chuvas, encarecimento de encargos setoriais e a retirada de créditos financeiros contabilizados em exercícios anteriores. As distribuidoras destacam que boa parte desse aumento decorre de custos não gerenciáveis por elas, determinados por políticas públicas e decisões normativas.

O cenário reforça a importância do planejamento financeiro das famílias e empresas, uma vez que o aumento nas contas de luz tende a repercutir no orçamento doméstico e nos preços de diversos produtos e serviços.