China condena tarifaço dos EUA contra o Brasil e acusa Washington de coerção e intimidação
Governo chinês cita princípios da ONU e defende respeito à soberania brasileira após decisão de Trump
Por Administrador
Publicado em 11/07/2025 12:37
BRASIL

O governo da China manifestou forte oposição à decisão dos Estados Unidos de impor uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. O anúncio do presidente americano Donald Trump foi classificado por autoridades chinesas como um ato de “coerção” e “intimidação”, contrariando princípios fundamentais da Carta das Nações Unidas.

Durante pronunciamento em Pequim, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, afirmou que “a igualdade soberana e a não interferência em assuntos internos são princípios importantes da Carta da ONU e normas básicas das relações internacionais”. Segundo ela, a imposição de tarifas com motivações políticas prejudica o ambiente de cooperação internacional e representa uma violação das regras do comércio global.

 

Mao Ning também destacou que “ações unilaterais e protecionistas, como as adotadas pelos Estados Unidos, não contribuem para a estabilidade econômica mundial e devem ser rejeitadas pela comunidade internacional”

 

A tarifa anunciada por Trump atinge o Brasil com a maior alíquota entre os países afetados. O governo americano justificou a medida alegando preocupações com decisões judiciais no Brasil, além de supostas barreiras a empresas e plataformas de tecnologia dos Estados Unidos.

 

O governo brasileiro reagiu prontamente, prometendo adotar medidas de reciprocidade e recorrer a organismos internacionais para contestar a decisão. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o Brasil não aceitará pressões externas e defenderá sua soberania.

A crítica da China amplia o isolamento diplomático dos Estados Unidos na questão e reforça o apoio internacional ao Brasil. Outros países emergentes também expressaram preocupação com a escalada das tensões comerciais e os possíveis impactos sobre a economia global.

 

Especialistas em relações internacionais avaliam que a postura chinesa busca não apenas defender o Brasil, mas também reafirmar princípios fundamentais do sistema multilateral, como o respeito à soberania e a rejeição de medidas coercitivas.

 

O episódio evidencia o aumento das disputas comerciais entre grandes potências e destaca o papel das organizações multilaterais na mediação de conflitos. O Brasil, por sua vez, avalia estratégias para mitigar os efeitos da tarifa americana e manter o diálogo com parceiros estratégicos, enquanto a China demonstra apoio à soberania brasileira e à ordem internacional baseada em regras.

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